A dança é uma atividade artística secular que tem sua origem atrelada à própria existência do homem. As primeiras escolas de ballet surgiram nas cortes e desenvolveram-se independentemente até chegar aos modelos que temos hoje, com estúdios, academias, companhias e formatos on-line dos mais variados.
Como negócio, a dança emprega milhares de indivíduos mundo afora, tais como bailarinos, professores, pianistas, assistentes, coreógrafos, produtores, e é uma das atividades mais praticadas socialmente, globalmente. No entanto, o crescimento da indústria da dança resultou em um ambiente de negócios competitivo com questões bastante particulares e outras comuns a todo negócio que entregue um serviço e envolva uma relação comercial.
Com o surgimento da internet, o uso da estratégia digital para alavancar e otimizar um negócio abriu diversos canais de comunicação e milhares de ferramentas de marketing digital foram sendo criadas desde então, e, como em todo negócio, têm sido amplamente utilizadas por escolas e companhias de dança, mundialmente.
No entanto, assim como ocorre em outras áreas (especialmente gestão financeira e administrativa), muitas vezes as tarefas de marketing e comunicação acabam sendo absorvidas por profissionais de outras áreas dentro das escolas de ballet.
Redes sociais, posts, anúncios patrocinados, influenciadores. Estes termos parecem ser bastante comuns a todos nós que transitamos por mídias digitais. No entanto, sem estar atrelados a boas estratégias, são materiais (e investimento) que não darão retorno ao que foi investido – seja dinheiro ou tempo.
Conhecimento, em todas as áreas, é fundamental para identificar, analisar e mensurar seu trabalho. Costumo fazer uma comparação que faz bastante sentido para os bailarinos: criar uma campanha de marketing é como remontar um ballet de repertório completo.
Um bom manual da marca, o uso correto de imagens e logotipos, uma comunicação consistente, padronizada, que, inclusive, seja melhor compartilhada pelos algoritmos das redes sociais são fundamentais para qualquer negócio. Eles funcionam como os elementos de um grande ballet: são a coreografia, o figurino, a técnica, a luz.
É claro que todos nós podemos aprender como as tecnologias de marketing funcionam, mas, ao mesmo tempo, o que tenho visto, como profissional das duas áreas, é que ainda existe uma curva de aprendizado e muitas iniciativas realizadas no feeling – que não desconsidero em hipótese alguma, apenas recomendo atrelar a um bom plano de negócios.
Pretendo falar um pouco mais disso por aqui, pensando, principalmente, que construir uma marca em dança também é uma forma de elevar a nossa arte.
Se você tem uma escola, você tem uma marca. Trabalhar seu conteúdo e os detalhes de branding, marketing e comunicação é o cuidado que se deve ter para não colocar no palco uma Giselle com castanholas.
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